fora de controle

No sábado seguinte fui encontrar-me novamente com o Ike, no mesmo shopping, só que desta vez fomos ao cinema. E foi ali na bilheteria do Kinoplex que vi pela primeira vez a futura pequena pedra do meu caminho, estávamos comprando os bilhetes para assistirmos “Quebrando a Banca” e ao nosso lado um grupinho de pirralhos, por assim dizer, estava reunido, e de todos esses meninos um me chamou mais atenção, mas pouco me importei, afinal, eu estava mais uma vez com o Ike. Dentro da sala a coisa esquentava pra gente... hahahaha, até que chegou a mocinha do cinema, me cutucou (detalhe que eu estava deitado, praticamente, em cima do garoto):
- Parem de baixaria vocês dois!
- Que !? – Levei um susto, fiz cara de assustado e voltei pro meu quadrado né.
- Manerem, se não serão convidados a se retirarem da sala.
... ok.
Olhei pro Ike, e ri muito, ri demais. Ele também. Saindo dali fomos de novo à trilha, mas dessa vez eu me comportei juro. rs
Deu o horário dele ir embora e o meu de encontrar o Eloy na rodo e irmos à Pride. Baladinha baladinha baladinha... CHATA! Voltei pra casa e ao abrir o Orkut, uma surpresa: o menino que eu havia visto no grupinho perto de mim na bilheteria havia me adicionado em todos os orkuts, em seguida no MSN. Se declarando apaixonado, que foi amor a primeira vista. Eu ri um pouco na verdade. Conversamos e não saiu nada. Os próximos dias foram nostálgicos, eu querendo super um lance sério com o Jorge e ele não. Então decidi não gostar mais dele. Ouvi dizer uma vez que o coração, assim como os outros músculos, precisa se exercitar para ficar mais forte, e minhas paixões era os exercícios do meu coração, então chega um certo momento que de tanto exercitar ele fica mais forte e aprende mais rápido a entender quando a paixão não de certo. O meu já estava entende bem esse lance. Resumo da ópera: minhas intenções com o Ike não se realizaram, então decidi investir no Pedro, ele ERA uma gracinha, de fofo, simpático e tudo mais. Um tempo depois fui ao shopping com papai, quando ele estava aqui, e fomos ao cinema, eu o Pedro e a amiga dele. Era um filme de terror, sentei ao lado do Pedro mas n sabia se deveria tomar iniciativa, já que ele nunca tinha beijado ninguém antes e tal. Ele também não tirava a cara da tela, de certo estava nervoso, era o que parecia pelo menos. Lembro que ele, no máximo, pegou minha mão num momento tenso do filme. Saímos de lá e fomos comer doce xD. Eu estava com raiva de mim mesmo, por não ter feito nada com o menino, mas achei que assim pudesse deixá-lo com mais vontade rs. E Aconteceu, fui embora e ao chegar em casa ele havia deixado um depoimento super fofo no meu Orkut, dizendo alguma coisa do tipo: “se vc gostar de vc eh ser criança, então eu sou o maior pirralho do mundo”. Hahahahaha eu ri. Eu ri e achei super fofo ao mesmo tempo, ele parecia estar gostando muito de mim. Meu pai tinha voltado pra Manaus já, minha amizade com o Eloy cresceu e de Pride, começamos a ir pra Sampa todo final de semana. Eu tinha muuuitos contatos lá e as baladas era engraçadas, e fáceis ao mesmo tempo. Nesse meio tempo houve a parada gay, chamei o Gui Ballet pra ir comigo, e fomos de ônibus fretado. A única coisa que eu me lembro exatamente foi que eu cheguei trebado na paulista, caindo prum lado, pendendo pra outro. HOHOHO. Acho que beijei o Luís lá, [nota: Luís foi uma paixão virtual minha que durou cerca de 4 meses, ele me enrolava, eu o enrolava e a gente nunca saiu disso, ele era super lindo, fofo e gostoso hahahahaha] mas não me lembro exatamente. Enfim... voltamos da parada. O Gui foi pra casa dele em campinas e eu fiquei aqui, no final de semana seguinte ia acontecer uma super festa em homenagem a Madonna, fui a essa festa, dps fui dormir num Motel com as pessoas insignificantes (não houve nada, juro por Deus, nem que ele fosse o ultimo homem do mundo rolaria alguma coisa) e depois fui ao Dompas encontrar o Gui pra virmos pra casa, por coincidência o Pedro também estava lá. Nos vimos e ahh, beijei ele. Beijei muito ele, muuuito, muuuuuuuuito. E ele todo apaixonadinho por mim, o chato é que eu gostava dele, mas não tanto. A Moh e CIA também estavam nos shopping, e um amigo dela se interessou por mim, e eu, no auge da minha carreira curta de biscatona safada pegadora de aluguel [brinks a parte do aluguel], arrumei todo um esquema com Monique, Guilherme e com o menino: o Gui iria com o Pedro comprar sorvete, a Moh me chamava pra ir ao banheiro e o menino aparecia lá, e assim foi... beijei ele no banheiro, e era safado esse menino gente, meu deus! Eu era biscatinha, mas nem tanto né poxa, conhevamos. Ficamos 10 segundos no banheiro, e assim que nossos lábios se tocaram ele já veio metendo a Mao na minha rola! =O. Afff... eu fiquei muito bravo hahahaha, destranquei a porta e sai correndo, louco desesperado.
Haha
Bom, foi um grande isso. Continuei falando com o Pedro, mas não tive coragem de manter nada com ele, ainda mais tendo beijado um menino X no dia q ele deu o primeiro beijo da vida dele.
Nessa altura do campeonato da minha vida, enquanto mais eu caía prum lado que talvez pudesse não ter mais volta, paralelamente eu ficava cada vez mais amigo do meu melhor amigo. O Paulo. Ahh, acho que não poderia existir amigo melhor. Compreensivo, do bem, lindo, fino, simpático, fofo, conselheiro e etc. Bom, o Gui veio pra Ca pra ficar com meu melhor amigo, o Paulo, já disse!? ...mas isso não é minha vida, então não vou entrar em por menores ;)
...Eloy, São Paulo, drogas, sexo, cigarro... tudo estava acontecendo ao mesmo tempo. E confesso que eu adorava. Eu era confundido com mulher na rua. Cabelão liso, roupas coladas/femininas, bolsa e tudo mais... uma verdadeira vergonha! Constrangimento... =/. Eu comecei a deixar de lado tudo o que realmente era importante, comecei a chamar pessoas que acabava de conhecer de amigo, beijava por média 35 pessoas por balada, sempre bêbado, perdido e louco. É ai que o Paulo tem um papel crucial nesse drama. Mais que mostrar o caminho certo, ele me fez perceber o que é um verdadeiro amigo, me fez notar o que eu estava fazendo... e ele não desistia de mim, ele não apenas me mostrava os erros que eu estava cometendo, mas me guiava pum caminho alternativo onde eu podia me divertir tanto quanto eu e divertia mas sem extrapolar com babados ilícitos.
Em setembro de 2008 conheci o José* pela internet.. ele morava no Espírito Santo, e eu havia gostado muito dele, e ele, aparentemente, de mim.

*nome fictício.